Tratando-se de saúde, a maior parte das pessoas associa a prática de exercícios com um corpo magro e dentro de um padrão estético. O que muitos esquecem é que existem centenas de outros aspectos que determinam se um organismo está verdadeiramente saudável. Neste post, falaremos especificamente sobre atividade física e saúde mental, dois fatores determinantes para a qualidade de vida.

É possível perceber, de maneira empírica, que exercícios físicos regulares são capazes de proporcionar efeitos positivos rápidos para a mente, como a melhora do humor e da concentração, por exemplo. Mas não se trata só disso. Essas atividades podem transformar a estrutura e a funcionalidade do cérebro.

Se você quer entender melhor os impactos que a atividade física causa no sistema nervoso e, por consequência, na saúde mental, continue conosco. Aproveite a leitura!

Qual a influência entre atividade física e saúde mental?

Em termos gerais, as atividades físicas têm um papel importante no processo de criação de novos neurônios no cérebro. Isso aumenta a capacidade sináptica, aprimorando aspectos como o aprendizado, a memória e o raciocínio lógico. Além disso, existem outros benefícios envolvidos, como a formação de vasos sanguíneos absolutamente novos, melhorando o fluxo de sangue no cérebro e, consequentemente, a sua nutrição.

Tudo isso aumenta a quantidade e a qualidade das atividades de neurotransmissores, como a dopamina (prazer) e a serotonina (bem-estar). A ausência ou a deficiência de produção deles pode resultar em quadros de depressão e ansiedade.

Exercícios físicos moderados também possuem uma função antioxidante no organismo e na mente. Por isso, é uma forma de tardar o envelhecimento do sistema nervoso e evitar doenças neurodegenerativas. Em suma, atividade física e saúde mental são dois elementos que andam juntos.

Quais são os benefícios dessa prática?

Agora que você já sabe como os exercícios físicos afetam o funcionamento do seu cérebro, vamos entender melhor quais são os sintomas e situações do dia a dia que podem ser melhoradas com a prática constante dessas atividades. De acordo com o HealthGuide, existem muitos benefícios para quadros bastante específicos, confira!

Ajuda a controlar a depressão

Um estudo realizado por pesquisadores da Escola de Saúde Pública de Harvard TH Chan mostra que a substituição de 15 minutos diários de sedentariedade pelo mesmo tempo de corrida ou uma hora de caminhada pode reduzir o risco de depressão em 26%. A investigação ainda aponta que manter esse hábito pode aliviar os sintomas da disfunção e impedir novas recaídas.

Sabemos que os exercícios mexem com a neuroplasticidade, mas não para por aí. Eles também ajudam a reduzir inflamações e a produzir efeitos de calma e bem-estar, cruciais para quem enfrenta a depressão. Além de todo seu trabalho bioquímico, que é fundamental para o reequilíbrio do organismo. Por fim, a atividade física acaba servindo, também, como uma ótima distração.

Reduz o estresse

O estresse é responsável por uma série de sintomas desagradáveis para o corpo, como dores musculares, tensão e fadiga constante, mas também afeta a saúde mental. Seu cérebro acaba registrando gatilhos dos fatores de estresse, que desencadeiam reações bioquímicas responsáveis por desequilibrar seus hormônios, afetando sua percepção sobre a realidade e as suas emoções.

De um instante para outro, é como se tudo à sua volta começasse a contribuir para o estresse aumentar. Nesses momentos, é muito importante que você priorize a atividade física e saúde mental. Se exercitar por alguns minutos ajudará o seu organismo a liberar endorfina, relaxando todo o sistema nervoso e, consequentemente, o corpo.

Minimiza os efeitos da ansiedade

Agitação, nervosismo, preocupação, taquicardia, sufocamento… Quem sofre de ansiedade conhece bem esses sintomas. No entanto, é válido saber que a prática regular de exercícios físicos pode funcionar como um tratamento natural e muito menos agressivo contra esse quadro. Ela ajuda a aliviar principalmente a tensão e o estresse, proporciona sensação de bem-estar e aumenta a clareza mental.

Muitos elementos da execução das atividades podem servir como uma forma de exercitar a atenção plena e afastar a ansiedade. Por isso, é interessante tentar voltar o foco para o posicionamento do corpo, os movimentos dos pés, o ritmo da respiração e assim por diante. Isso ajudará a interromper o excesso de pensamentos e a trazer presença para o dia a dia.

Melhora o sono

A lógica é bem simples: quem pratica exercícios físicos liberta a mente de sintomas típicos de depressão, estresse e ansiedade, como você viu até aqui. Além disso, cansa o corpo e… pega no sono mais rápido! Seu organismo passa a funcionar com um melhor equilíbrio, regulando todas as suas funções, inclusive o sono.

Quem tem dificuldade para dormir se beneficia muito dessa prática, especialmente quando ela se torna um hábito. No mais, o sono é um processo importante para a recuperação muscular, o que acaba sendo uma demanda natural do seu corpo. Portanto, o relaxamento e o descanso acontecem de forma automática.

Aumenta a autoestima

Atividade física e saúde mental podem contribuir com você, simplesmente pelo fato de se sentir mais disposto e bonito — em forma, por assim dizer. Mas, mais uma vez, seria pouco presumir que isso é tudo o que você pode obter de benefícios. Quando se alia a prática de exercícios físicos com outras pessoas, isso ajuda a aumentar a sua autoestima.

Um estudo comprovou que quando uma pessoa tenta sincronizar seus movimentos com os de outra, como assistir uma aula por vídeo e tentar repetir, ela se sente mais conectada e satisfeita com o exercício, aumentando sua autoestima. Ao alinhar os movimentos, a tendência é memorizar o que foi dito e relacionar isso à aparência de quem disse, criando uma espécie de link com a sua própria aparência.

Assim como tudo o que envolve a saúde, é imprescindível buscar o auxílio de profissionais da área para determinar quanto exercício é necessário e como ele deve ser realizado para evitar excessos, efeitos negativos e até problemas com o esforço mecânico repetitivo.

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